Bom o que dizer sobre o GDPR ( a nova legislação de proteção de dados criada na Europa, mais especificamente em UK).
Logo que surgiu o assunto muitos players de diversos mercados, inclusive Brasil, entraram em modo “preocupação” e as mais diversas perguntas surgiram de como seria daqui para frente, o que realmente aconteceria com o mercado, e criam diversos “fantasmas” sobre o tema, um dos principais que os investimentos em mídia on cairiam, que algumas empresas quebrariam. Este assunto realmente estava e esta chamando a atenção do mercado anunciante, mas quero aqui compartilhar um pouco da minha visão e como a minhas empresas Fitmedia e Adtree estão conduzindo o processo do GPDR.
A primeiro item que me chamou a atenção foi o fato de durante o evento da Ignition Americas (clique aqui), que ocorreu em NY e tive o prazer de estar presente, mais ou menos em abril deste ano, estive lá ouvindo diversas pessoas falando sobre dados, os principais player do mercado agencia, anunciantes e publishers, primeiro falaram muito sobre os dados de 1st party, ou seja, os dados que te pertencem, sendo assim, não se mostravam tão preocupados com o fato do GPDR, sendo que este sempre trabalharam de forma idônea com os dados de usuários, respeitando as informações e trabalhando de forma sempre consultiva com os usuário, porem, construindo suas próprias bases de dados, isso ouvi de publishers e anunciantes durante o evento. Mas o que me chamou a atenção foi um incrível ícone do mercado digital Terence Kawaja, da Luma, empresa que produz diversos estudos e analises de mercado, se disse despreocupado com o GPDR, que este servia até principalmente para o mercado UK, e que até então, somente o mercado UK que para os americanos USA é um mercado de U$ 69 bilhões e UK representa U$ 14 bilhões, claro que a referência para o Brasil se torna mais que relevante, o Brasil de somente U$ 3 bilhões. Enquanto  Terence dizia sobre o assunto, refleti sobre o tema, ai mais quando o mesmo falou que para eles o GDPR não afetaria o mercado deles, a não ser por uma legislação do estado da Califórnia, o restante não sofreria nada, a não ser de anunciantes Globais, com reais interesses no assunto.
Somente para contribuir com o tema, Terence em seu perfil do Linkedin, comportilhou  uma noticia sobre os investimento nos USA, depois do GPDR, onde os “fantasmas” diziam que o GPDR, faria o mercado de data driven marketing iria sumir, acredito que alguém estava enganado, ou tentando direcionar o mercado para voltar a ser o que sempre se tentou, um lugar de segurança e tranquilidade, acredito que desde o advento da internet, o marketing digital, o mercado nunca mais será um lugar calmo, fácil e para qualquer um, cada vez mais precisaremos de profissionais com profundidade de conhecimento, sem medo e extremamente preparados.


Mais isso me fez refletir no seguinte, para quem trabalha de forma idônea, consultiva com o usuário, transparente, não precisa se preocupar, então estava pensando que dentro do nosso processo, outra questão seria que o “o povo do digital se move muito rapidamente”, mas o que se mostrou foi, que os grandes players, mesmo sendo digital, ainda tem um processo off-line, ainda sofrem para atualizar seus modelos, assim como o gigante Google anunciou que levaria até agosto para se adequar ao GDPR, sendo que empresas menores, já estão operando neste modelo, como é o caso da Fitmedia e Adtree.
Mesmo assim, estava pensando o quanto isso impacta o business, existe uma nuvem de desconhecimento geral, muitos alimentam os “fantasmas”, alguns anunciantes tentam alinhar-se globalmente, porem deixemos claro que o modelo GPDR acontece em UK, no restante o modelo ainda não é exercido, claro que são politicas que fazem total sentido para quem quer respeitar os clientes e usuários e trabalhar na transparência, mas mesmo assim não existe motivo para grandes preocupações, se o principal motivo da empresa, for manter a seriedade, transparência, qualidade e certificar que o que faz esta dentro do mínimo de respeito aos dados dos clientes.
Neste sentido o que vemos, a maioria já se adequando, minha empresa, por mais que os anunciantes nacionais não entendam o impacto desse modelo nos negócios, a legitimidade de dados, como a Lotame anunciou recentemente (link da matéria clique aqui), deletou mais de 400 milhões de usuários da sua base, por entender que era robôs ou que estes dados não eram condizentes com a politica de respeito ao internauta, com isso foram eleitos a melhor DMP Global e também com a melhor granularidade de dados das DMP’s, trabalhando clientes como Ford, Heinekin, IPG, NBS e muitos outros. Nos da Fitmedia, já integramos todos os processos com nossos parceiros, já com contratos respeitando o GPDR, o universo digital é muito dinâmico, para empresas como nos, somos independentes, pequenos e dinâmicos para resolver qualquer item ou problema que faça parte de novos modelos.
O foco será cada vez mais a qualidade do que fazemos, mesmo que não em grande quantidades, pois para estes, já existem os grandes players, fazendo o que nós não queremos fazer, entregar em grande quantidade a baixo custo, porem com qualidade duvidável e sem muito monitoramento, o que queremos e estamos fazendo é entregar bem, com grande qualidade e granularidade de dados, além de enriquece a experiência e o conhecimento que o anunciante/ agencia tem do universo que este se propõe a impactar, extraindo o máximo de dados para se tornar uma ferramenta relevante no planejamento estratégico desses clientes. Além disso do lado de anunciantes acredito muito no processo de auto conhecimento, meio oraculo de Delfos, creio que o Wall Graden (matéria que escrevi clique aqui) elevado do Google e Facebook, vão nos ensinar que como anunciantes, precisamos ter nossos dados, construir um processo de aprendizado dos nossos clientes, usuários e ai sim, criar inteligência neste sentido, pois se não o fizermos, mais uma vez em um futuro próximo, clientes estão pagando pelo seus próprios dados, que foi o que ocorreu no mercado de Publisher com as SSP’s, globalmente descobrindo um modelo bem diferente do implementado no mercado atual.